domingo, 14 de fevereiro de 2016

Existir


Das naus
ouve-se o timbre
do urro:
- EIA!

Surge do mar
sua faixa de areia

De certo
com os pés
afundados
nos finos
grânulos
do mar
o deserto;

nas redes
sobre as árvores
recostadas...

Da vida
faz-se o sentido
simples
como o verde
de folhas
amontoadas

Não existe estrada
pra que se possa
percorrer

Não existe tempo
pra que se consiga
perder

Nada criamos
sem transformar

Nada é certo
além do AGORA

Assim como do céu
a garoa prisma
em pedaços
da lua o brilho

E a mata se cala
quando do vento
vem o grito

Sonhar
é excluso

Existir
é pó
sob o tapete